
O vereador Douglas Pinto (PSD) se posicionou firmemente em defesa dos trabalhadores durante a polêmica votação que resultou na derrubada do veto do prefeito Eduardo Braide (PSD) ao projeto que aumentou seu próprio salário de R$ 25 mil para R$ 38 mil. Em sua declaração, Pinto ressaltou que, embora o projeto também beneficiaria servidores com salários acima do teto, ele geraria uma despesa extra de R$ 23 milhões para os cofres públicos, impactando negativamente o povo.
Veja o vídeo da declaração aqui.
“Não sou contra a luta dos servidores, mas chamo a atenção da Câmara para que lute por aqueles que ganham menos”, afirmou o vereador, sublinhando a necessidade de priorizar os interesses dos trabalhadores de toda São Luís.
Os vereadores que derrubaram o veto justificaram sua decisão com a intenção de manter os salários dos auditores e controladores de São Luís, que, sem a aprovação do projeto, veriam seus vencimentos reduzidos de mais de R$ 37,5 mil para cerca de R$ 25 mil. O presidente da Câmara, Paulo Victor (PSB), defendeu que a proposta não visava equiparar o salário do prefeito ao de outras capitais, mas sim assegurar a estabilidade financeira de servidores com longos anos de serviço. No entanto, a postura do presidente da Câmara não constata com a realidade, pois com a derrubada do veto, Braide se torna um dos prefeitos com maior salário do Brasil.
A reação do prefeito à derrubada do veto foi rápida, prometendo recorrer à Justiça para contestar a decisão dos vereadores, ao mesmo tempo em que mencionou a redução do remanejamento orçamentário em São Luís, comparando-a a situações ainda mais críticas em outras localidades.
Além de Douglas Pinto, outros quatro vereadores – Dr. Joel (PSD), Thay Evangelista (União Brasil), Clara Gomes (PSD) e Cléber Filho (MDB) – também votaram contra a derrubada do veto, reforçando a necessidade de uma discussão mais ampla sobre a gestão fiscal.
A postura do vereador Douglas Pinto é um convite à reflexão sobre a responsabilidade dos representantes públicos em proteger os interesses da população, especialmente em tempos de dificuldade econômica. Sua defesa por uma gestão fiscal responsável e justa ressoa como um apelo a favor dos trabalhadores que, muitas vezes, ficam à margem das decisões políticas.