Brasil, 02 de outubro de 2024 – Uma pesquisa divulgada pela Quaest nesta quarta-feira (2) indica que a aprovação do trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de 51% entre os eleitores brasileiros, enquanto 45% reprovam sua gestão. Outros 4% dos entrevistados não sabem ou não responderam. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Comparando com a pesquisa anterior, divulgada em 10 de julho, a aprovação do presidente teve uma queda de três pontos, enquanto a reprovação subiu dois pontos. Os números são os seguintes:
- Aprova: 51% (era 54% em julho)
- Desaprova: 45% (era 43% em julho)
- Não sabe/não respondeu: 4% (era 3% em julho)
O levantamento também revela uma diminuição no percentual de eleitores que consideram o governo Lula melhor que o de Jair Bolsonaro (PL). Felipe Nunes, diretor da Quaest, comentou: “O governo não está conseguindo se diferenciar do governo anterior e, com isso, vai perdendo identidade. Se não fosse o Nordeste e os mais pobres, que votaram no Lula em 2022, a situação seria pior. Ou seja, o que segura o governo é seu recall, não a conquista do novo governo.”
Análise Regional
Na região Nordeste, o trabalho de Lula tem a maior aprovação, com 69% dos eleitores aprovando sua gestão e 26% reprovando. No Sudeste, a reprovação subiu para 53%, superando a aprovação, que caiu para 45%. No Centro-Oeste/Norte, a reprovação chegou a 46%, empatando com a aprovação de 49%. Já no Sul, a desaprovação é de 53% e a aprovação permanece em 42%, mostrando um empate técnico.
Análise por Gênero
Entre as mulheres, Lula ainda tem uma aprovação maior (55%) do que reprovação (41%), embora tenha havido oscilações em relação à pesquisa anterior. Entre os homens, a situação é de empate técnico, com 48% de aprovação e 49% de reprovação.
Análise por Idade
Entre os eleitores de 16 a 34 anos, a aprovação de Lula é de 53%, maior que a reprovação, que é de 43%. No entanto, entre os eleitores de 35 a 59 anos, houve um empate técnico (51% a 45%). Entre os eleitores com 60 anos ou mais, a aprovação e reprovação também estão empatadas em 49% e 48%, respectivamente, o que não ocorria desde o início do governo.
A pesquisa destaca desafios para a administração de Lula, sugerindo a necessidade de estratégias para reconquistar a confiança de uma base eleitoral mais ampla.
Renda
Lula segue com aprovação maior que reprovação entre os eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos, mas o intervalo entre esses dois indicadores diminuiu de 43 pontos para 30 desde a última pesquisa: no segmento, a aprovação do trabalho do presidente foi de 69% para 62% no levantamento atual. A reprovação foi de 26% para 32%.
Entre os eleitores com renda familiar de dois a cinco salários mínimos, segue o empate técnico entre aprovação (51%) e reprovação (46%), com oscilação positiva no primeiro caso e negativa no segundo.
Entre os que recebem mais de cinco salários mínimos, a reprovação e a aprovação são de 57% e de 40%, respectivamente. A distância entre os dois indicadores é a maior desde maio.
Religião
A reprovação de Lula subiu sete entre os católicos, acima da margem de erro, e está no maior patamar desde o início do governo. A aprovação oscilou seis pontos para baixo, no limite da margem de erro, e foi a 54%, o menor patamar.
No eleitorado evangélico, houve uma inversão na tendência de melhora que vinha desde maio: a aprovação passou a oscilar para baixo, e foi a 41%. A reprovação, para cima, e foi a 55%.
Escolaridade
Entre quem tem ensino superior, Lula voltou a ser mais reprovado que aprovado: a reprovação oscilou oito pontos para cima, de 51% para 59%, no limite da margem de erro do segmento (quatro pontos) e a aprovação caiu nove pontos, de 46% para 37%.
Entre quem tem ensino fundamental, a aprovação oscilou três pontos para baixo e está em 62% (eram 65% em julho). A reprovação oscilou quatro pontos para cima, para 34% (eram 30%).
Entre os que têm ensino médio, as oscilações também foram dentro da margem de erro (3 pontos no segmento): a aprovação foi de 48% para 50% e a reprovação, de 49% para 46%.