NOVEMBRO AZUL

Prefeitura de São Benedito do Rio Preto rebate reportagem do Fantástico sobre desvio milionário do Fundeb

A Prefeitura de São Benedito do Rio Preto emitiu um comunicado oficial nesta segunda-feira (4), rebatendo uma matéria veiculada pelo Fantástico, que aponta para um suposto esquema de desvio de R$ 13 milhões dos recursos do Fundeb.

De acordo com a reportagem, uma análise dos extratos da conta do Fundeb do município, referente ao período de janeiro de 2023 a julho deste ano, revelou transferências para contas de mais de 1.500 pessoas. A investigação indica que 11 parentes do prefeito Wallas Rocha e da primeira-dama, Brenda Gabrielle Nunes da Silva, teriam recebido, de forma ilegal, mais de R$ 317 mil dos recursos do Fundeb.

Na nota divulgada, a gestão municipal afirma que “a documentação completa de todas as transações está disponível para consulta pública, com transparência e prestação de contas” e ressalta que houve “interpretações equivocadas” em relação aos gastos divulgados.

Entretanto, a defesa da gestão parece desconectada da realidade vivida pela população. A reportagem destaca que muitas crianças no município estão se deslocando a pé para a escola, sem acesso a transporte público adequado. Enquanto a administração se empenha em defender a transparência e a legalidade das transações, é alarmante notar que a educação das crianças está sendo comprometida devido à falta de ações básicas.

É inaceitável que, em meio a alegações sérias de desvio de recursos públicos, a prioridade da gestão não seja garantir um ambiente escolar seguro e digno. As crianças merecem ter acesso a transporte escolar adequado e a uma infraestrutura que promova seu aprendizado. A defesa da gestão não pode ocultar as necessidades urgentes da população, que exige um compromisso real com o bem-estar dos jovens.

A carência de investimento em educação e o descaso em relação às necessidades básicas dos alunos refletem uma administração que não apenas carece de transparência, mas que também demonstra ineficácia preocupante. A comunidade merece mais do que promessas vazias; é fundamental agir com responsabilidade e urgência. O direito à educação de qualidade não pode ser negligenciado, e as autoridades devem ser cobradas para que respondam de maneira efetiva a esta alarmante realidade.

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