
O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), se tornou alvo de pedidos de cassação após recusar um reajuste salarial que elevaria o valor pago ao chefe do Executivo de R$ 25 mil para R$ 38 mil. A iniciativa ocorre em meio à pressão de aproximadamente 400 servidores do setor de fiscalização — auditores e controladores — que buscavam o aumento como forma de destravar seus próprios vencimentos.
Segundo a legislação municipal, o teto remuneratório da categoria é vinculado ao salário do prefeito. Dessa forma, o reajuste dos servidores só poderia ocorrer caso o salário do prefeito fosse atualizado. O grupo afirma sofrer com quase duas décadas de defasagem, enquanto a administração municipal argumenta restrições orçamentárias.
Braide, entretanto, afirmou não ter interesse em receber o novo valor e levou a discussão à Justiça, alegando que o reajuste seria incompatível com a realidade financeira da cidade. Ele citou como exemplo o fato de que o prefeito de São Paulo, cidade maior e mais rica, recebe menos do que o valor proposto para São Luís.
“Entraram com pedido de cassação do meu mandato, por justamente eu não ter aceitado aumentar o meu salário. Parece brincadeira, mas é verdade”, afirmou o prefeito em vídeo publicado nas redes sociais.
Votação ocorre na próxima semana
De acordo com Braide, a Câmara Municipal decidirá na próxima terça-feira, 9 de dezembro, se acata ou não o pedido de cassação. O prefeito afirmou que chegou o momento de a população acompanhar como cada vereador votará:
“Os vereadores vão decidir se querem me cassar por não ter aumentado meu salário ou me deixar continuar trabalhando pela cidade. Agora é hora de saber como seu vereador vai votar nesse processo: se vai querer me cassar por não ter aumentado meu salário ou respeitar o voto de mais de 400 mil ludovicenses.”
A acusação apresentada contra o prefeito sustenta que, ao recorrer à Justiça e se opor à lei aprovada pelos vereadores, Braide teria impedido a valorização de servidores e afrontado uma decisão legislativa.


