Medida Provisória

A resistência dos deputados do governo ao aumento das emendas impositivas

 

Os deputados do governo, ao se oporem ao aumento das emendas impositivas proposto por Rodrigo Lago (PCdoB) e Carlos Lula (PSB), demonstram uma postura que, à primeira vista, parece defensiva. Ricardo Arruda (MDB) apresentou nesta quarta-feira (18) uma crítica à judicialização da questão. Ao afirmar que a judicialização enfraquece o Parlamento, ele parece ignorar o fato de que essa decisão é, em parte, uma resposta à falta de diálogo e à opacidade na gestão das emendas.

A crítica ao Judiciário como um “interferente indevido” desconsidera o papel essencial que a justiça desempenha em garantir que as decisões do governo sejam responsáveis e justas. Quando os deputados, especialmente aqueles que apoiam o governo, falham.

Além disso, Arruda menciona que “não existe mágica com orçamento”, mas parece esquecer que a mágica se encontra na capacidade de gestão e na transparência nas decisões orçamentárias. A alegação de que 82% do orçamento está comprometido com despesas obrigatórias não deve ser um escudo para evitar discussões necessárias sobre a eficácia e a justiça na distribuição de emendas. Ao invés de criticar a oposição, ele deveria se perguntar se as práticas atuais são realmente as melhores para o Maranhão e seus cidadãos.

Por fim, a postura do deputado demonstra uma resistência ao debate democrático e à crítica construtiva, essenciais para o fortalecimento do Parlamento. Se realmente deseja um Legislativo forte e efetivo, é fundamental que os deputados do governo adotem uma postura mais aberta e colaborativa, em vez de deslegitimar os esforços da oposição em buscar justiça e transparência na gestão pública. O verdadeiro fortalecimento do Parlamento passa pelo reconhecimento de que todos têm um papel a desempenhar na construção de um Maranhão mais justo e transparente.

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