NOVEMBRO AZUL

Febre maculosa: fazenda teve show com dez mil pessoas após feijoada em que vítimas contraíram a doença

A prefeitura de Campinas, em São Paulo, anunciou nesta terça-feira (13) que a Fazenda Santa Margarida só poderá fazer novos eventos quando apresentar um plano de contingência ambiental e de comunicação. No local, estiveram três pessoas que morreram vítimas de febre maculosa. Ainda de acordo com a prefeitura de Campinas, os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa.
Transmitida pelo carrapato-estrela, a febre maculosa tem alto índice de letalidade. Nesta terça-feira, a Secretaria de Saúde de Campinas confirmou que as mortes do piloto Douglas Costa, de 42 anos, e de uma moradora de Hortolândia, de 28 anos, foram decorrentes da febre maculosa, segundo análises do Instituto Adolfo Lutz. Na segunda-feira (12), o resultado já havia sido positivo para as amostras de outra vítima, a dentista Mariana Giordano, de 36 anos.
Com os três casos positivos, configura-se um surto de febre maculosa no distrito de Joaquim Egídio, que é mapeado como área de risco para a doença. O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas vai fazer uma pesquisa para verificar como está a infestação de carrapatos no local provável de infecção.
A Secretaria da Saúde do Estado informou que vai apoiar ações das prefeituras de prevenção à doença. Os casos estão concentrados na região de Campinas. De acordo com a pasta, o trabalho de campo para controle da doença compete aos municípios, mas a secretaria apoiará na prevenção com medidas educativas, como a distribuição de folders e cartazes na região.
Em Campinas, a prefeitura também iniciou uma campanha educativa no entorno da Fazenda Santa Margarida. O centro de shows e eventos fica no distrito de Joaquim Egídio. Estão sendo distribuídos folhetos explicativos sobre a doença.
Uma pesquisa sobre a infestação de carrapatos deve ser iniciada nos próximos dias. Também será feita uma mobilização social envolvendo a população do distrito e trabalhadores da fazenda.
O empresário e piloto Douglas Costa, de 42 anos, sua namorada, a dentista Mariana Giordano, de 36, e uma moradora de Hortolândia morreram no mesmo dia, em 8 de junho.
A dentista, que morreu subitamente em São Paulo, após ser internada no dia 6 de junho, apresentando febre e dores de cabeça, relatou marcas de picada de inseto em seu corpo, após a viagem a Campinas com o namorado. Ele apresentou sintomas parecidos e foi internado em Jundiaí. Os dois estiveram também em Monte Verde (MG) na semana seguinte à ida para Campinas, provável local da infecção.
Também na tarde desta terça-feira, a Secretaria de Saúde identificou mais um caso suspeito de febre maculosa relacionado ao evento de 27 de maio na Fazenda Santa Margarida. É o quarto caso relacionado ao surto. Trata-se de uma adolescente de 16 anos, moradora de Campinas, que foi hospitalizada no dia 9 de junho em um serviço de saúde privado do município. Ela segue internada.
Sobre os casos de febre maculosa com possível infecção no local, a gestão da fazenda divulgou nota nesta terça-feira, 13, lamentando o ocorrido. “Cabe ressaltar que a responsabilidade pelo controle e prevenção da febre maculosa é atribuída ao município, conforme estabelecido pela legislação pertinente”, disse. Ainda segundo a empresa, a cidade está em área endêmica para febre maculosa e nos locais onde comprovadamente ocorreu transmissão, o município instala placas de alerta.
Segundo a nota, na segunda-feira (12), o Departamento em Vigilância em Saúde da prefeitura esteve nas dependências do centro de eventos para realizar a validação das medidas adotadas e para análise do local. “Ressaltamos que toda a documentação da Fazenda está em conformidade e regularidade com os órgãos competentes e as exigências legais, incluindo a prefeitura de Campinas. É importante destacar que, nos últimos anos, nunca houve qualquer caso semelhante a este.”
De acordo com o infectologista Rodrigo Angerami, com os casos de infecção confirmados no mesmo local, já se considera que Campinas vive um surto de febre maculosa. Considerando o tipo de vetor e o fato de não haver transmissão de pessoa para pessoa, ele não vê risco de disseminação em caráter epidêmico. “Novas áreas de transmissão bem geral surgem a partir de fatores que envolvem o deslocamento de hospedeiros com carrapatos infectados para essas áreas”, disse. Além das capivaras, os carrapatos podem “viajar” em bois, cavalos e outros animais domésticos, como cães e gatos.
Conforme a Secretaria estadual, as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão precisam estar atentas ao menor sinal de febre e procurar um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença. As áreas onde sabidamente existem carrapatos devem ser evitadas. A maior ocorrência de casos de febre maculosa se dá entre os meses de junho e setembro.

 

 

 

 

A prefeitura de Campinas, em São Paulo, anunciou nesta terça-feira (13) que a Fazenda Santa Margarida só poderá fazer novos eventos quando apresentar um plano de contingência ambiental e de comunicação. No local, estiveram três pessoas que morreram vítimas de febre maculosa. Ainda de acordo com a prefeitura de Campinas, os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa.

Transmitida pelo carrapato-estrela, a febre maculosa tem alto índice de letalidade. Nesta terça-feira, a Secretaria de Saúde de Campinas confirmou que as mortes do piloto Douglas Costa, de 42 anos, e de uma moradora de Hortolândia, de 28 anos, foram decorrentes da febre maculosa, segundo análises do Instituto Adolfo Lutz. Na segunda-feira (12), o resultado já havia sido positivo para as amostras de outra vítima, a dentista Mariana Giordano, de 36 anos.

Com os três casos positivos, configura-se um surto de febre maculosa no distrito de Joaquim Egídio, que é mapeado como área de risco para a doença. O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas vai fazer uma pesquisa para verificar como está a infestação de carrapatos no local provável de infecção.

A Secretaria da Saúde do Estado informou que vai apoiar ações das prefeituras de prevenção à doença. Os casos estão concentrados na região de Campinas. De acordo com a pasta, o trabalho de campo para controle da doença compete aos municípios, mas a secretaria apoiará na prevenção com medidas educativas, como a distribuição de folders e cartazes na região.

Em Campinas, a prefeitura também iniciou uma campanha educativa no entorno da Fazenda Santa Margarida. O centro de shows e eventos fica no distrito de Joaquim Egídio. Estão sendo distribuídos folhetos explicativos sobre a doença.

Uma pesquisa sobre a infestação de carrapatos deve ser iniciada nos próximos dias. Também será feita uma mobilização social envolvendo a população do distrito e trabalhadores da fazenda.

O empresário e piloto Douglas Costa, de 42 anos, sua namorada, a dentista Mariana Giordano, de 36, e uma moradora de Hortolândia morreram no mesmo dia, em 8 de junho.

A dentista, que morreu subitamente em São Paulo, após ser internada no dia 6 de junho, apresentando febre e dores de cabeça, relatou marcas de picada de inseto em seu corpo, após a viagem a Campinas com o namorado. Ele apresentou sintomas parecidos e foi internado em Jundiaí. Os dois estiveram também em Monte Verde (MG) na semana seguinte à ida para Campinas, provável local da infecção.

Também na tarde desta terça-feira, a Secretaria de Saúde identificou mais um caso suspeito de febre maculosa relacionado ao evento de 27 de maio na Fazenda Santa Margarida. É o quarto caso relacionado ao surto. Trata-se de uma adolescente de 16 anos, moradora de Campinas, que foi hospitalizada no dia 9 de junho em um serviço de saúde privado do município. Ela segue internada.

Sobre os casos de febre maculosa com possível infecção no local, a gestão da fazenda divulgou nota nesta terça-feira, 13, lamentando o ocorrido. “Cabe ressaltar que a responsabilidade pelo controle e prevenção da febre maculosa é atribuída ao município, conforme estabelecido pela legislação pertinente”, disse. Ainda segundo a empresa, a cidade está em área endêmica para febre maculosa e nos locais onde comprovadamente ocorreu transmissão, o município instala placas de alerta.

Segundo a nota, na segunda-feira (12), o Departamento em Vigilância em Saúde da prefeitura esteve nas dependências do centro de eventos para realizar a validação das medidas adotadas e para análise do local. “Ressaltamos que toda a documentação da Fazenda está em conformidade e regularidade com os órgãos competentes e as exigências legais, incluindo a prefeitura de Campinas. É importante destacar que, nos últimos anos, nunca houve qualquer caso semelhante a este.”

De acordo com o infectologista Rodrigo Angerami, com os casos de infecção confirmados no mesmo local, já se considera que Campinas vive um surto de febre maculosa. Considerando o tipo de vetor e o fato de não haver transmissão de pessoa para pessoa, ele não vê risco de disseminação em caráter epidêmico. “Novas áreas de transmissão bem geral surgem a partir de fatores que envolvem o deslocamento de hospedeiros com carrapatos infectados para essas áreas”, disse. Além das capivaras, os carrapatos podem “viajar” em bois, cavalos e outros animais domésticos, como cães e gatos.

Conforme a Secretaria estadual, as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão precisam estar atentas ao menor sinal de febre e procurar um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença. As áreas onde sabidamente existem carrapatos devem ser evitadas. A maior ocorrência de casos de febre maculosa se dá entre os meses de junho e setembro.

 

 

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