O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), gerou polêmica novamente com suas falas improvisadas, desta vez direcionadas às mulheres. Em janeiro, durante um discurso em memória dos eventos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2021, Lula afirmou que “os homens são mais apaixonados pelas amantes do que pelas suas mulheres”, ao se descrever como “um amante da democracia”.
“Eu sou um amante da democracia. Não sou nem marido, eu sou amante, porque a maioria das vezes os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres. Eu sou um amante da democracia e conheço o valor dela”, declarou o presidente, o que gerou reações adversárias na ocasião.
Na quarta-feira (11), durante um evento com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Lula fez um comentário sobre a ministra Gleisi Hoffmann , referindo-se a ela como uma “mulher bonita”, ao explicar sua escolha para o cargo de ministério das Relações Institucionais. “Acho muito importante trazer aqui o presidente da Câmara e do Senado… por isso eu colocoi essa mulher bonita para ser ministra, é que eu não quero mais ter distância de vocês”, disse Lula.
Essa declaração foi extremamente criticada como desrespeitosa e machista, uma vez que reduz as mulheres a meros objetos, desqualificando suas competências e habilidades. Tal afirmação reforça estereótipos específicos, perpetuando a visão de que as mulheres são escolhidas por atributos físicos, ao invés de seu valor como líderes.
O fato dessas declarações ocorrerem em março, mês dedicado às mulheres e menos de uma semana após o Dia Internacional da Mulher , intensificaram as críticas, destacando a necessidade de maior sensibilidade e respeito nas falas e atitudes de figuras públicas em relação ao gênero.
