Brasília, 9 de setembro de 2024 – Em uma movimentação para restabelecer a confiança no Ministério dos Direitos Humanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu a deputada estadual mineira Macaé Evaristo (PT) para o cargo. A escolha ocorre em um momento conturbado, após a demissão de Silvio Almeida, que deixou o ministério na semana passada em meio a graves denúncias de assédio sexual. A informação é do site Metrópoles.
As acusações contra Almeida, que envolvem assédio sexual contra mulheres, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, abalaram o governo e geraram uma forte repercussão negativa. Em resposta, Lula decidiu que onome de uma mulhera seria o ideal para o cargo, seguindo uma estratégia para mitigar o impacto das denúncias e reforçar o compromisso do governo com a promoção dos direitos humanos.
Macaé Evaristo, conhecida por sua longa trajetória na educação e defesa dos direitos humanos, traz para o ministério uma sólida experiência. Com 19 anos de carreira como professora, Evaristo também ocupou o cargo de secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC) entre 2013 e 2014, quando Aloizio Mercadante era ministro. Sua escolha reflete a intenção do governo de fortalecer a representatividade e o compromisso com a inclusão.
A deputada estadual é próxima de Gleide Andrade, atual tesoureira nacional do PT, o que pode influenciar positivamente na sua integração e eficácia no novo cargo. A decisão de Lula de escolher uma mulher negra para o ministério é vista como um movimento estratégico para restaurar a confiança pública e destacar o compromisso do governo com a diversidade e a justiça social.