A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a jornada de trabalho 6×1 já obteve 100 assinaturas na Câmara dos Deputados, mas é alarmante que apenas três representantes do Maranhão tenham apoiado a iniciativa até agora. Para que a proposta avance para o Senado, são necessárias 171 assinaturas.
O primeiro deputado maranhense a assinar a PEC foi Duarte Júnior (PSB-MA), que expressou seu apoio em suas redes sociais: “A luta pela classe trabalhadora é fundamental, e eu sou fruto disso — o mandato que exerço também! Como político, trabalho para o povo, e não o contrário.” Duarte Júnior ressaltou que sua assinatura foi tardia devido ao volume de trabalho, mas reafirmou seu compromisso com a melhoria das condições trabalhistas.
Márcio Jerry (PCdoB) também se manifestou a favor do fim da escala 6×1, utilizando seu perfil no Instagram para destacar a importância do tema: “A sobrecarga de trabalho priva o trabalhador do direito de passar tempo com a família, cuidar de si, se divertir, buscar novas oportunidades ou se qualificar para um emprego melhor.” Ele enfatizou seu histórico de apoio a causas trabalhistas, mencionando envolvimentos anteriores em propostas semelhantes.
Além deles, Rubens Júnior (PT) somou-se aos apoiadores, afirmando: “Apoiamos a PEC que propõe o fim da escala 6×1. Todo trabalhador merece tempo para o lazer, para a saúde mental e, acima de tudo, para estar com sua família. Esse é um direito fundamental, que vai além do descanso físico: é sobre dignidade e qualidade de vida.”
É preocupante que, com a relevância dessa pauta, apenas três deputados do Maranhão tenham assinado a PEC, especialmente considerando que a proposta está disponível para votação há mais de seis meses. Recentemente, ganhou força devido ao apelo popular nas redes sociais, refletindo uma demanda crescente por mudanças nas condições de trabalho.
A PEC é defendida pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que luta por melhores condições de trabalho e pelos direitos da classe trabalhadora e de minorias sociais, incluindo a comunidade LGBTQIAPN+. A mobilização em torno dessa proposta ressalta a necessidade de maior envolvimento dos representantes maranhenses na luta por direitos trabalhistas mais justos e humanos no Brasil. Com o número atual de assinaturas, os maranhenses ainda têm um longo caminho a percorrer para garantir que suas vozes sejam ouvidas nessa importante discussão.