Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 10, pelo AtlasIntel, aponta que a desaprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 49,8%, o maior índice desde o início de seu mandato em janeiro de 2023. Em contrapartida, 47,8% dos entrevistados aprovam a gestão, enquanto 2,4% afirmaram não saber opinar.
Os dados mostram uma tendência crescente na desaprovação desde abril de 2024, quando o índice era de 43,4%. A avaliação negativa reflete uma insatisfação crescente entre os brasileiros, especialmente considerando que a desaprovação era de 39% no início do governo.
Quando questionados sobre a gestão do governo, 44,6% dos entrevistados a classificaram como “ruim” ou “péssima”, enquanto 40,8% a consideraram “boa” ou “ótima”. Outros 13,3% avaliaram a administração como “regular”. Esta é a maior diferença já registrada entre as avaliações positiva e negativa do governo Lula.
Apesar dos números desfavoráveis, Lula ainda lidera as intenções de voto para as eleições de 2026 em cenários testados contra adversários de direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Isso sugere que, mesmo com uma avaliação negativa, o presidente mantém uma base eleitoral significativa.
A pesquisa também destaca que a avaliação positiva do governo caiu sete pontos percentuais desde o início do mandato, passando de 52% em janeiro de 2023 para 45% ao final de 2024. Essa queda na aprovação foi acompanhada por um aumento de nove pontos percentuais na percepção negativa durante o mesmo período.
Os dados foram coletados entre os dias 26 e 31 de dezembro de 2024, com 2.873 pessoas, e apresentam margem de erro de dois pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. Comparações com levantamentos como o do Datafolha, realizado em dezembro de 2024, mostram uma tendência similar: o petista tinha 35% de aprovação e 34% de reprovação. A oscilação nos índices de desaprovação e aprovação sugere que o desgaste do governo Lula tem sido uma constante nos últimos meses.