A polícia espanhola deteve quatro pessoas suspeitas ligadas ao manequim que representava o atacante Vinícius Jr. enforcado sob uma ponte de Madri, capital da Espanha, em janeiro de 2023.
Uma investigação de crime de ódio foi aberta depois que o manequim esticado em uma corda, com a camisa 20 do jogador brasileiro, foi pendurado em frente ao campo de treinamento do Real Madrid. Uma faixa estava grudada ao boneco, com a seguinte inscrição: “Madrid odeia o Real”.
Na segunda-feira, promotores espanhóis abriram uma investigação sobre caso de insultos racistas contra o jogador durante uma partida do fim de semana, já que o chefe da federação espanhola de futebol admitiu que o país tinha problemas com racismo.
A promotoria da cidade de Valência, no leste do país, onde ocorreu o jogo, está investigando o episódio como um possível “crime de ódio”, disseram fontes judiciais, depois que Luis Rubiales, da Real Federação Espanhola de Futebol, pediu tolerância zero.
A polícia espanhola também anunciou nesta terça a detenção de três jovens suspeitos de proferir insultos racistas contra o atacante brasileiro durante a partida de LaLiga no domingo (21).
“A polícia deteve três jovens em Valência por comportamentos racistas ocorridos no domingo passado no jogo entre Valencia CF e Real Madrid”, informou a Polícia Nacional, que abriu uma investigação após os acontecimentos que provocaram uma onda de indignação, na Espanha e no exterior.
Vinicius Jr. jogava pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol, contra o Valencia, quando o jogo foi interrompido no segundo tempo após uma parte da torcida do time adversário chamá-lo de “macaco”.
Durante a partida, o atacante brasileiro apontou os torcedores que o insultavam, levando o jogo a uma pausa de 10 minutos, e depois se envolveu em uma briga com os jogadores do Valencia que o levou à expulsão no segundo tempo. O Real Madrid perdeu o jogo por 1 a 0.