A maioria dos vereadores de São Luís decidiu, em reunião interna, não aprovar o desconto nos salários de parlamentares que faltam às sessões sem justificativa. Essa decisão contraria o regimento interno da Câmara Municipal, que prevê tal penalidade.
O tema ganhou destaque após alguns parlamentares cobrarem do presidente da Casa, Paulo Vitor, a aplicação da norma. O Artigo 23 do regimento determina que o presidente deve executar as deliberações do plenário e zelar pelo cumprimento das regras. O descumprimento pode ser considerado uma ineficiência e resultar na destituição do cargo.
Na última segunda-feira (25), os vereadores Aldir Júnior e Ribeiro Neto exigiram que o presidente aplicasse os descontos nas faltas não justificadas. Aldir Júnior enfatizou a importância de penalizar ausências para garantir respeito ao plenário e à população de São Luís.
“Passou da hora de cobrar as faltas financeiramente. Quero ser o primeiro a ter o salário descontado caso eu falte. Senhor presidente, faça justiça”, afirmou Aldir Júnior durante a sessão.
Ribeiro Neto também reforçou essa posição, pedindo maior transparência sobre a frequência dos parlamentares e destacando que a medida deveria ter sido implementada anteriormente. Ele ressaltou: “Representamos mais de 700 mil habitantes. Não podemos permitir que nosso trabalho seja desmoralizado por vereadores que não cumprem o mínimo: comparecer às sessões no horário estabelecido.”
Embora Aldir Júnior tenha defendido o desconto, ele reconheceu que a proposta não foi aprovada e declarou seu foco em continuar trabalhando em prol da população. A rejeição da medida levanta questões sobre a responsabilidade dos parlamentares e a necessidade de um compromisso maior com a função pública que exercem.